Ordem do Carmo

A Ordem do Monte Carmelo tem por escopo levar seus membros a amar a Deus e viver na presença d´Ele. Para este objetivo conduzem o silêncio, a solidão, o retiro e o afastamento das coisas mundanas, a oração contínua e a meditação das verdades eternas.

Em segundo lugar, esta Ordem se propõe a oferecer o mais perfeito culto e veneração da Gloriosa e sempre Virgem Maria. Como é costume se dizer: Carmelus totus marianus est. Elias viu, na pequena nuvem vinda do mar, a imagem daquela que seria a Imaculada Mãe do Salvador. Assim, seus seguidores, habitantes do Carmelo, assumiram essa devoção, encontrando na beleza física daquele Monte uma relação com a formosura da Virgem, Senhora do lugar. Daí dizerem com o Cântico dos Cânticos: Quão formosa e encantadora és, ó caríssima entre as delícias, tua cabeça é como o Carmelo. (Ct 7,6) Portanto, o Carisma Carmelitano se caracteriza por uma consagração total à Mãe de Deus e uma vida de união com Ela.

O Santo Profeta Elias, nosso Pai, conforme lemos no Livro da Instituição dos Primeiros Monges:

“pela ânsia que sentia pela divina contemplação e o veemente desejo de adiantar-se na virtude, foi para longe das cidades e despojando-se de todos os interesses terrenos e mundanos, se propôs começar a viver a Vida Eremítica, Religiosa e Profética. Consagrando-se a ela, como nenhum até então o havia feito, e com a inspiração e impulso do Espírito Santo, começou a vivê-la e a instituiu.”

Os primeiros monges eremitas, escondidos no Monte Carmelo, conforme o exemplo de Elias, dedicavam-se a Deus no exercício da contemplação:

“Permaneciam por mais tempo na solidão do eremitério, mas quando desejavam ser úteis ao seu próximo, de modo, porém, a de maneira nenhuma se prejudicarem, desciam algumas vezes do Mosteiro, e lançavam os grãos no moinho da pregação, que tinham docemente colhido com a foice da contemplação, quando estavam a sós com Deus.” (Ignea sagitta, Nicolau Gálico cap. VI)

Conforme estas fontes, nós, Carmelitas da Primitiva Observância, nos propomos a viver em obséquio de Jesus Cristo, conforme a profissão monástica carmelitana que consiste numa vida religiosa dedicada ao serviço de Deus e da Virgem Maria, cultivando a liturgia conforme o Rito do Santo Sepulcro e as Tradições da Ordem do Monte Carmelo.

Como defensores da Fé Católica, rejeitamos todos os documentos do Vaticano II e todos os falsos Papas que se seguiram a João XXIII com o intenção de instalar uma Nova Igreja em oposição ao Catolicismo. Estamos em comunhão com o Papado e, por isso, desejamos que a Sede de Pedro seja novamente ocupada por um Papa legítimo sucessor de Pedro e de todos o Papas até Pio XII.