Ramo Feminino

A Monja Carmelita

A Carmelita é uma esposa de Cristo transformada em um jardim regado pela Virgem Maria das mais belas virtudes, peroladas e acrisoladas pelo Divino Amor Crucificado.

Para uma Carmelita Enamorada por Deus e de “amores engolfada”, seu Esposo, o Verbo encarnado, nada mais deseja para ela que um lugar fechado (“hortus conclusus”), selado e solitário, onde ninguém a veja e ninguém O veja, pois a amando de caráter íntimo e pessoal, ali no mais íntimo recanto da alma da Carmelita, encontra Deus o seu repouso sagrado e enamora a alma em suaves unguentos esponsais, onde no amor se unem, Amado e Amada a fim de querer Deus em sua bondade infinita, transformar n’Ele a alma.

A Vida monástica é um grande dom de Deus para a Igreja. Desde o início da pregação do Evangelho, não faltaram homens e mulheres que se renderam ao convite de Jesus: “se queres ser perfeito…” (Mt 19). Esta inquietação de sempre desejar fazer algo a mais por Deus é a vocação para a vida monástica. Quem a tem, abandona o mundo e deixa tudo para viver somente para o Senhor.

No Carmelo, podemos encontrar uma belíssima forma de servirmos a Deus e buscarmos a santidade. A tradição carmelitana consagrou duas finalidades desta vida: alcançar a pureza do coração e gozar as delícias de Deus. “Esta vida de perfeição religiosa encerra dois fins: um nós podemos alcançar com o nosso esforço e o exercício das virtudes, e o outro, ajudados pela graça divina. O primeiro consiste em oferecer a Deus um coração santo e limpo de toda mancha atual de pecado. O outro fim desta vida é dom totalmente gratuito de Deus e que Ele comunica à alma. Consiste em, não somente depois da morte, mas também nesta vida mortal, já experimentar no afeto do amor e do gozo da luz do entendimento algo do poder da presença de Deus e do deleite da eterna glória.” (Livro da Instituição dos Primeiros Monges).

Observando a Regra Primitiva podemos progredir nesta primeira finalidade através da ascese e da penitência. O jejum vai de setembro até a Páscoa. Não comemos carne. Em algumas ocasiões podemos comer peixes, laticínios e ovos. Também evitamos o açúcar e a cafeína. O silêncio e a solidão também ajudam a encontrar este equilíbrio interior. A segunda finalidade, porém, é puro dom de Deus. Através dos ensinamentos de Santa Teresa, do Doutor Místico, São João da Cruz e de tantos outros santos Carmelitas, podemos nos aprofundar na intimidade com Deus.

Nas pequenas celas, realiza-se o colóquio amoroso da alma com o seu Esposo Divino. Vivemos nos lugares afastados em harmonia com a natureza, uma vida simples e austera. Nossas construções são rústicas e pobres. Vivemos da providência sem rendas, e não vendemos nada, mas nada nos falta. Procuramos não desperdiçar nem uma migalha de pão e partilhamos o que temos com os mais necessitados. A rotina diária intercala a oração com o trabalho manual. Cada um exerce um ofício conforme sua capacidade. Guardarmos os costumes do Carmelo, valorizando, porém, a solidão, tendo ermidas separadas, e mais tempo de oração individual.

Por isso, nossa vida monástica tem um aspecto mais eremítico, como foi no início da Ordem. Entretanto, há também uma dimensão comunitária ou cenobítica, especialmente no tempo de formação. O Mosteiro dos irmãos fica perto do Mosteiro das irmãs. Isso também permite uma colaboração mútua, em clima de família. Cada um, porém, tem sua clausura totalmente separada. Também há as que vivem nos Eremitérios, como anacoretas. Ali, as orações, as refeições e os trabalhos são feitos na solidão da ermida. Os familiares e amigos podem nos visitar, porém, não podemos deixar a clausura, a não ser em casos de necessidade. As vocacionadas são recebidas para uma experiência de pelo menos uma semana.

Se aprovadas, ingressam no postulantado que dura em torno de seis meses. Depois desse período, fazem o noviciado e depois, a profissão dos votos. A Santa Missa e toda a liturgia é rezada em latim, segundo o Rito do Santo Sepulcro de Jerusalém, também conhecido como Rito Carmelitano. Consideramos a Eucaristia como o ápice de nossa vida. Amamos profundamente a Santa Igreja Católica. Defendemos a posição sedevacantista, ou seja, de que atualmente não temos um Papa legítimo ocupando a Sé de Pedro, e por isso nós apoiamos a eleição de um verdadeiro Papa para que a Igreja volte a ter uma autoridade legítima. Procuramos atender os pedidos de Nossa Senhora e unimos nossa oração, trabalhos, jejuns e penitências às intenções do Imaculado Coração de Maria. Procuramos fazer subir, do nosso Carmelo, nosso louvor e adoração como uma fumaça de incenso, ao Deus Uno e Trino. Que Ele seja bendito para sempre!

Amém.

Fotos

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Vocacional

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